20 setembro 2006

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Não sei a razão pela qual hoje ao acordar me lembrei deste soneto.
Ao que parece, foi escrito por um rapazito de carão moreno e meão de altura que se a memória me não atraiçoa, dava pelo nome de Manuel Maria Barbosa du Bocage. (a saber, dono de uma rua em Setúbal)

Como o “rapazito” não escrevia mal de todo, deixo-vos aqui com este soneto, não obstante pensar que seja um plágio de um soneto que eu escrevi, mas como não quero entravar a promissora carreira deste rapaz, vou deixar passar.
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Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana:
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De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua orgia dana.
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Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos:
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Deus, oh Deus!... Quando a morte à luz me roube
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.
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Manuel Maria Barbosa du Bocage

2 Comments:

At 20 setembro, 2006 17:16, Anonymous Anónimo said...

Tá louco!...
O velho para alem de amnésico, ficou maluco.
Afirmar que Elmano Sadino, lhe roubou o soneto é demais…
Não tarda que o velho pense que é o Lobo Mau da história do Capuchinho.

 
At 20 setembro, 2006 23:34, Blogger Papoila said...

Querido Besnico:
Se a memória não me atraiçoa que eu também vou sofrendo de Alzheimer o Manuel Maria morreu no seculo XIX... Que raio de elixir usa o meu caro amigo amnésico?
Beijo

 

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