28 janeiro 2012

INTERNACIONALIZAÇÃO DO PASTEL DE BELÉM E DOS ARTEFACTOS DAS CALDAS

Informação
Este texto contém algumas imagens obscenas, que todos conhecem, mas que podem ferir a sensibilidade de alguns leitores hipócritas, e falsos moralistas.

Quando ouvi o Senhor Ministro Álvaro Santos Pereira falar da internacionalização do Pastel de Belém, por momentos pensei que ele se estivesse a referir ao Presidente Cavaco Silva.



O Pastel de Belém



Não nego que a exportação dos pastelinhos de nata de Belém, poderia ser uma boa ideia. Todavia com a crise que vai por aí, vejo alguns entraves a esta iniciativa:



- O açúcar? Será que o país tem crédito para, pelo menos nas primeiras encomendas, poder comprar açúcar?...



- A ampliação do aeroporto de Lisboa ou a construção de um novo aeroporto, para podermos em tempo útil receber os aviões fretados que de todo o mundo viriam a Lisboa só para comprar pasteis de Belém!?

Tudo isto acarretaria despesas acrescidas e o país ainda não tem infra-estruturas para tão grande desenvolvimento; a menos que os Chineses queiram entrar no negócio?! …

Todavia devemos acautelar a sempre possível “deslocalização” da fábrica dos pastéis, de Belém para a China e lá se ia o segredo desta receita centenária.

A única vantagem que vejo nisto é a possibilidade de virmos a ter pastéis de Belém mais baratos.

Não meus senhores! Não... na minha opinião não será ainda este, o caminho para nos tirar da crise.

Depois do sucesso do Galo de Barcelos e da Senhora de Fátima (com todo o respeito), principalmente aquelas luminosas que brilham à noite; resultado de uma extraordinariamente bem sucedida, campanha de marketing, como só o Estado Novo sabia fazer, e que deu origem aquela expressão tão popular, quando alguém nos perguntava - para que é isso, ou porque fazíamos isto ou aquilo e nós respondíamos:



- É p’ra Inglês ver!



É claro que na altura, nesta expressão “para inglês ver”, cabiam, americanos, alemães, ingleses e todas as agências de rating.



Já então éramos pobres, alguns de nós até passavam fome, não tanto, nem tantos como hoje; mas gozávamos à tripa forra.



Por tudo isto, proponho:



- A Internacionalização do Artefacto das Caldas.



Fotografia roubada na net



Passo a explicar:







  • Artefacto das Caldas é totalmente feito com matéria prima nacional. Barro - produto natural que o nosso país possui em abundância.




  • O Artefacto das Caldas não é poluente e é inteiramente fabricado à mão. Em Portugal ainda se faz muita coisa à mão, recorrendo muitas vezes a mão de obra alemã, francesa, inglesa, etc.


O fradinho das Caldas é bem o exemplo da
mais alta tecnologia de ponta da indústria Portuguesa.





Todos estamos ainda recordados da recente contaminação das saladas de pepino alemãs, com o bacilo e-coli.

O e-coli é um bacilo que pertence à família das
enterobacteriaceaes e que se desenvolve no intestino dos animais de sangue quente, nomeadamente nos seres humanos. Não sei onde raio, os Alemães metiam os pepinos antes de fazer as saladas; mas o que vos posso garantir é que o Artefacto das Caldas neste contexto, é perfeitamente inofensivo - Não dá para fazer saladas!



Exemplar encomendado por Ângela Merkel
Modelo idêntico ao que Portugal vai oferecer às Agências de Rating



Fácil de transportar, o Artefacto das Caldas, dispensa grandes infra-estruturas para a sua comercialização e expedição.

Não vou aqui subestimar a capacidade e inteligência de quem me estiver a ler; apenas vos digo que, Ingleses, Americanos, Alemães, Agências de Rating, etc. que estejam interessados no produto, podem leva-lo onde quiserem… na verdade é isso que temos feito ao longo de novecentos anos de história; que o digam aqueles que daqui saíram com o rabo a arder, desde os Romanos ás Invasões Francesas, isto para não falar de Aljubarrota, etc., etc., etc.



4 Comments:

At 31 janeiro, 2012 02:16, Blogger Maria said...

Besnico

Definitivamente não podes estar ausente da blogosfera tanto tempo...
Quando o outro falou do pastel de nata, logo no face-book apareceram outras sugestões, como o galo de Barcelos.
Sendo eu de Caldas, que achas que fiz?
É claro que sugeri cavacas e... outros objectos que aqui se fazem.
E já que este post tem bolinha vermelha, portanto interdito a menores, não insultes o trabalho delicadamente produzido pelos oleiros de Caldas: isto não se chama artefacto, isto chama-se mesmo caralho!
Podes comprovar em qualquer loja de 'recuerdos' para turistas aqui na cidade...

Beijinhos

 
At 07 maio, 2012 05:27, Anonymous José Sequeira said...

Nada como este "bom sarcasmo" para nos secar as lágrimas e transformar esgares em sorrisos. E se tanto precisamos deles, dos sarcasmos e dos sorrisos, para esquecer um pouco esta espécie de latrina para a qual uma legião de "manicacas combosta" insitem em empurrar-nos......Ai!Ai!
Sabe o que se diz como comentário a um texto destes meu caro? Diz-se a coisa mais simples do mundo :
OBRIGADO!
Sequeira

 
At 18 outubro, 2012 19:14, Anonymous O Sal da nossa pele said...

Nunca mais o encontrei em S. Pedro de Moel... Abraço...

 
At 16 janeiro, 2016 19:17, Anonymous LinoBorgesLopes said...

Sem dúvida um texto com grande recorte literário de uma grande actualidade e que todos os inquilinos de São Bento, Belém e outras eminencias pardas deveriam ler....

 

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