IN VINO VERITAS
Memórias que não consigo recordar, de um passado que não consigo esquecer…
O Pastel de Belém
Não nego que a exportação dos pastelinhos de nata de Belém, poderia ser uma boa ideia. Todavia com a crise que vai por aí, vejo alguns entraves a esta iniciativa:
- O açúcar? Será que o país tem crédito para, pelo menos nas primeiras encomendas, poder comprar açúcar?...
- A ampliação do aeroporto de Lisboa ou a construção de um novo aeroporto, para podermos em tempo útil receber os aviões fretados que de todo o mundo viriam a Lisboa só para comprar pasteis de Belém!?
Tudo isto acarretaria despesas acrescidas e o país ainda não tem infra-estruturas para tão grande desenvolvimento; a menos que os Chineses queiram entrar no negócio?! …
Todavia devemos acautelar a sempre possível “deslocalização” da fábrica dos pastéis, de Belém para a China e lá se ia o segredo desta receita centenária.
A única vantagem que vejo nisto é a possibilidade de virmos a ter pastéis de Belém mais baratos.
Não meus senhores! Não... na minha opinião não será ainda este, o caminho para nos tirar da crise.
Depois do sucesso do Galo de Barcelos e da Senhora de Fátima (com todo o respeito), principalmente aquelas luminosas que brilham à noite; resultado de uma extraordinariamente bem sucedida, campanha de marketing, como só o Estado Novo sabia fazer, e que deu origem aquela expressão tão popular, quando alguém nos perguntava - para que é isso, ou porque fazíamos isto ou aquilo e nós respondíamos:
- É p’ra Inglês ver!
É claro que na altura, nesta expressão “para inglês ver”, cabiam, americanos, alemães, ingleses e todas as agências de rating.
Já então éramos pobres, alguns de nós até passavam fome, não tanto, nem tantos como hoje; mas gozávamos à tripa forra.
Por tudo isto, proponho:
- A Internacionalização do Artefacto das Caldas.
Fotografia roubada na net
O fradinho das Caldas é bem o exemplo da
mais alta tecnologia de ponta da indústria Portuguesa.
Todos estamos ainda recordados da recente contaminação das saladas de pepino alemãs, com o bacilo e-coli.
O e-coli é um bacilo que pertence à família das enterobacteriaceaes e que se desenvolve no intestino dos animais de sangue quente, nomeadamente nos seres humanos. Não sei onde raio, os Alemães metiam os pepinos antes de fazer as saladas; mas o que vos posso garantir é que o Artefacto das Caldas neste contexto, é perfeitamente inofensivo - Não dá para fazer saladas!
Exemplar encomendado por Ângela Merkel
Modelo idêntico ao que Portugal vai oferecer às Agências de Rating
Fácil de transportar, o Artefacto das Caldas, dispensa grandes infra-estruturas para a sua comercialização e expedição.
Não vou aqui subestimar a capacidade e inteligência de quem me estiver a ler; apenas vos digo que, Ingleses, Americanos, Alemães, Agências de Rating, etc. que estejam interessados no produto, podem leva-lo onde quiserem… na verdade é isso que temos feito ao longo de novecentos anos de história; que o digam aqueles que daqui saíram com o rabo a arder, desde os Romanos ás Invasões Francesas, isto para não falar de Aljubarrota, etc., etc., etc.
Eu vi crescer o Besnico di Roma
Ferrolho das portadas das janelas
Um “gira-discos” e uma agulha de marear
Outra preciosidade, um recipiente para “brandy”,
com torneirinha para encher os copos.
Uma máquina de costura Singer, também ela faz parte da decoração
Finalmente, um pormenor dos moveis e decoração de uma acolhedora sala
Este objecto, não é electrónico. Não indica as horas das sete mais importantes capitais do mundo. Não tem luzes a acender e a apagar e não necessita de ser programado. É uma peça totalmente mecânica, que cumpre cabalmente as funções para que foi criada – Chamar o empregado e denomina-se, campainha.
Até os animais, há muito arredadas das nossas vidas - gatos, cães, e os engraçadíssimos burros, que aqui, por brincadeira, são apelidados de TAXI’s e fazem as delicias dos turistas de todas as idades, em curtas deslocações.
Aqui não temos qualquer dificuldade em apanhar TAXI, nas horas de ponta.
Tudo aqui é simples, não há barulho, e a música, suave, como apontamento de fundo, envolve o ambiente, não só nos hotéis, como até nas mais humildes “tascas”.
Músicas dos anos 50 e 60, que perduraram ao longo dos tempos, como atestado de qualidade. Usada no volume certo, nem muito alto, nem muito baixo, o quanto basta para proporcionar um ambiente agradável e tranquilizador.
MONOLITOS – Uma vista da praia, mesmo em frente ao empreendimento.
Em toda a ilha e particularmente no Scorpios, a afabilidade dos proprietários e dos empregados é indescritível, senti-me regressado a casa. Fez-me recordar os empregados e hoteleiros das estâncias de férias na minha juventude; termas e praias de lugares recônditos do meu Portugal pequenino, no final dos anos cinquenta, princípio dos anos sessenta. Tempo em que o turismo era menos sofisticado e muito mais acolhedor.
Mas não fiquem a pensar todavia, que Santorini é uma estância de turismo para velhos nostálgicos como eu.
Será que a fotografia não demonstra claramente que aqui também há espaço para estas explosões de juventude?! …
Concentração de jovens durante uma volta à ilha
…e pelo aspecto iam divertidos, não incomodaram ninguém, já que o ruído dos motores, era apenas um murmúrio.
Sim, as motas tinham os escapes convenientemente silenciosos.
O resto da Ilha de Santorini; uma surpresa em cada recanto. Um contraste de luz e sombra, onde predominam os tons de azul em fundo branco.
Agradeço na pessoa do senhor Argyris Vazeos e senhora Jenny Matsagou, proprietários do Scorpios, bem como a toda a família e empregados, os deliciosos momentos de férias que nos proporcionaram.
Um presépio vivo
Museu do Piódão
"Ó lhó pessarinho"
Um brinde de Boas Festas, à saúde do Senhor Carlos,
O Besnico foi à pinga
Por atalhos e caminhos
Um recanto de Chãs d’Egua
E é com esta última imagem, digna de um postal de Natal que
do fundo do coração vos desejo um
SANTO NATAL e
UM NOVO ANO, COM SAÚDE, PAZ e AMOR
SÃO ESTES OS VOTOS DO VOSSO AMIGO
BESNICO DI ROMA
NATAL DE 2008
Cavalheiro educado de boa posição, procura Senhora para futuro compromisso.
Assunto sério, resposta a este “blog”
O Pirata das Caraíbas
Em memória deste meu querido amigo, falecido prematuramente,
a quem dei o baptismo de voo
HOJE
AMANHÃ